DURGA-PUJA, SEUS FATOS E SUA FILOSOFIA
Swami Nikhilananda
O festival de Navaratri — os auspiciosos nove dias que começam com o primeiro dia da metade brilhante (da lua nova à lua cheia) do mês de Aswin é celebrado em toda a Índia, de Kashmir a Travancore, do Punjab a Assam. Esses nove dias são sagrados para todos os hindus, independentemente de casta ou credo. Os vaishnavas, os sauras, os gânapatyas, até mesmo os seguidores de Ramanuja, Vallabha e Nimbarka, vêem esses dias com um sentimento de santidade especial. O festival tem sido observado desde tempos imemoriais. Lemos no Chandi a respeito sobre “a grande adoração anual realizada no outono”. Não é possível determinarmos com exatidão a origem e a gênese deste festival. Mas sobre uma coisa não há dúvida: é uma época extremamente propícia. A transição da estação das chuvas para o outono é, em si mesma, uma ocasião de regozijo. Os raios matinais do sol de outono refletindo nas cristalinas gotas de orvalho sobre as pétalas da rosa e do lótus, o azul safira do céu, à noite, ornado de miríades de estrelas que cintilam como jóias, a brisa gentil infundindo nova vida e energia às feições cinzentas da chuvosa estação que se finda, os ondulantes e verdes arrozais, estendendo-se de horizonte a horizonte, as coisas amenas da vida, que são profusas neste período do ano, — tudo isso conspira para fazer do outono a ocasião mais apropriada para uma celebração nacional.
As diferentes províncias da Índia celebram esses dias de maneiras diferentes. Shaktas de diferentes denominações adoram seus ideais escolhidos através de seus respectivos ritos. A Deusa é adorada em Kashmir, Rajputana, Kanouj, Mithila e Assam com os nomes de Amba, Bhawani, Kaliyani, Uma e Kamakhya respectivamente. Os bengalis adoram a Divina Mãe como Durga. Durga puja é o festival nacional dos bengalis e supera todas as outras festas sagradas em pompa e grandeza. Todos sentem um novo fervor e um novo entusiasmo. Ficam todos loucos de felicidade, desde o mais rico até o mais pobre, quando as músicas começam a anunciar os dias de adoração. Bem, qual é o significado do Durga puja? A fim de entendê-lo, temos de procurar respostas na filosofia e no idealismo da adoração de imagens. A origem da adoração de imagens tem sido explicada de várias maneiras. Alguns dizem que é um legado do budismo, outros dizem que a as imagens foram trazidas com o influxo de hordas estrangeiras, tais como os hunos e outros. Mas, deixando de lado essas especulações históricas, devemos lidar com o assunto pelo lado da psicologia. Três tipos de adoração são descritos nas escrituras, a saber : Swarupa upasana, Sampad upasana e Pratika upasana. Uma classe de sábios da antiguidade realizou, em si mesmos, a mais Elevada Verdade sem atributos. Retirando seus sentidos do mundo fenomenal, eles realizaram o Absoluto no estado de samadhi. Discernimento e renúncia são os dois parceiros que ajudam neste caminho de realização, e isto é conhecido como Swarupa upasana. Mas aqueles que não estão dotados de suficiente serenidade mental e de uma indômita força de vontade, escolhem necessariamente o caminho mais fácil da Sampad upasana. De acordo com este método, o devoto medita em algo criado como símbolo da Deidade, tanto quanto essa criação se assemelha e reflete as qualidades divinas. Os rishis (conhecedores da Verdade) descobriram que existem certas semelhanças entre Brahman — a mais Elevada Verdade – e o sol, o vento, o sopro vital, etc., no que diz respeito à luminosidade, movimento, poder sustentador, etc. Portanto, meditando sobre esses objetos perceptíveis, os aspirantes podem, ao final, realizar o Imperceptível. A apoteose da Encarnação e do Guru pode ser entendida deste ponto de vista. As escrituras prescrevem a Pratika upasana para a classe inferior de aspirantes. De acordo com ela, o aspirante é chamado a sobrepor a alguma coisa, como um pote ou uma pedra, as qualidades de Deus, ainda que não haja nenhuma semelhança entre eles. É, como diz Ramanuja, “unir a mente com devoção àquilo que não é Brahman, tomando-o como sendo Brahman”. O aspirante que segue este método começa com um conhecimento superficial de Deus. Mas isso, eventualmente, clareia sua visão e o aproxima das verdades mais elevadas. A Pratima, ou imagem, é um tipo de Pratika. A adoração de imagens pressupõe que Deus tem formas que as imagens representam. Embora, em geral, seja verdade que a adoração de imagens não é a forma mais elevada de adoração e que seu objetivo não seja o elevado Brahman impessoal, há, entretanto, um outro aspecto no qual a adoração de imagens é tão boa quanto a mais elevada adoração do mais elevado Deus.
Qual a origem das imagens? — “Brahman impôs formas sobre Si mesmo para o benefício dos devotos”. A concepção das imagens veio, originalmente, dos siddhas (seres perfeitos) – aqueles que realizaram Brahman e Suas divinas formas na meditação, cujos segredos, mais tarde, eles tornaram conhecidos para o benefício dos sadhakas (aspirantes espirituais). Esses segredos tomaram forma em imagens externas para que se tornassem visíveis aos olhos.
O gñani (aquele que segue o caminho do conhecimento e do discernimento para alcançar a Deus – NT) concebe o mundo como consistindo do relativo e do Absoluto, do finito e do Infinito, indissoluvelmente ligados, como a luz e a sombra. No seu esforço, como já nos referimos antes, de realizar o Absoluto através do discernimento, ele nega o relativo. Mas há um outro ponto de vista, através do qual esta Verdade Transcendental aparece como algo que cobre e permea o mundo relativo. Por isso se diz que – “por Deus deve ser coberto tudo que é passageiro neste mundo transitório”. Não é preciso fechar os olhos para perceber a Verdade. Aqueles que nos parecem ser os objetos relativos, não são senão modos do mesmo Brahman. Deste ponto de vista, a aparente multiplicidade é um aspecto de Brahman tão verdadeiro quanto a unidade realizada em nirvikalpa samadhi. Por isso, as imagens não são meras representações de Brahman em argila ou em pedra, mas são o próprio Brahman. Elas não são matéria morta, mas a própria substância de Deus. E o devoto, adorando a imagem de seu Ishtam (ideal espiritual escolhido), desfruta d’Ele não somente no fundo do seu coração, em meditação profunda, como também externamente, através de seus sentidos, em Sua abençoada imagem. É deste ponto de vista que os devotos vêem o Durga puja.
O Durga puja é celebrado consecutivamente no sétimo, oitavo e nono dias da quinzena brilhante (da lua nova à lua cheia) do mês de Aswin. Geralmente, essa celebração é precedida por adorações diárias, a partir do primeiro dia da quinzena, com uma cerimônia especial, Bodhana (o despertar), ao anoitecer do sexto dia, e que é sucedida, no décimo dia, por uma curta adoração e subseqüente imersão da imagem na água. A primeira visão da imagem de Durga enche a mente com a irresistível consciência da proteção do coração materno de Deus. A maternidade, a fraternidade e o poder são inerentes à Ela, que é assim descrita: — “Adornada com seus cabelos desgrenhados e coroada com a lua crescente, Sua face brilha como a lua cheia. Ela tem três olhos. Sua compleição assemelha-se à flor atasi. Ela é bem postada e Seus olhos são lindos. Sua pessoa é dotada do frescor da juventude e está enfeitada com todo tipo de ornamento. Ela tem belos dentes e dez mãos, cujo toque é tão suave e tépido como uma haste de lótus”, etc.
A adoração, tal como é realizada nos três dias principais, é longa e intricada. Mas é plena de beleza e significado. A parte mais importante e especial em todos os três dias de adoração é o Maha-snâna, o grande banho da Mãe, para o qual os seguintes itens, dentre outros, são necessários: orvalho, caldo de cana, terra cavada por um elefante e por um javali com suas presas, argila do Ganges, pó de uma encruzilhada e pó retirado da frente de um palácio real, terra de um formigueiro e aquela cavada por um touro com seus chifres, terra das duas margens de um rio e de uma montanha, água onde foram lavadas cinco pedras preciosas, água do mar, leite, mel, água da chuva, água do rio Saraswati, água de uma cachoeira e dos sete mares etc. Pode ser intrigante ao leitor comum, como alguém pode ser banhado em areia e pó. Mas o sentido é mais profundo. Pode-se notar que os materiais provêm de coisas e lugares associados com significativas expressões de Poder. Ao banhar a Mãe, nós juntamos todas essas associações de poder em suas formas concretas e, dessa forma, ampliamos a crescente consciência do Poder Universal em nossa própria mente. A cerimônia do banho é um dos primeiros itens da adoração. Em seguida, vem a adoração dos deuses e deusas associados, não aqueles que vemos nas imagens, mas as oito principais serviçais da Mãe e as sessenta e quatro yoginis. Depois, vem a adoração dos deuses e deusas tais como representados nas imagens. A especialidade do primeiro dia de adoração é a instalação da Navapatrika (representação simbólica da chegada antecipada de Durga) antes do começo da adoração propriamente dita; a do segundo dia é a Sandhi-puja, isto é, o culto na junção do oitavo e nono dias lunares; e do terceiro dia é o sacrifício de animais à Mãe e a adoração de uma jovem virgem como sendo a própria Mãe Divina. A adoração de uma virgem, ou Kumari-puja, como é chamada, é o ponto alto da realização espiritual, quando, para a visão purificada e transfigurada, o mundo aparece transfundido com a Luz Celestial e o humano aparece como o Divino. Nada pode igualar a magnitude da idéia da Kumari-puja, onde o grande culto à Deusa atinge seu cume. Verdadeiramente, a Mãe vive em todas as formas femininas! Com o passar do terceiro dia de adoração, sombras de tristeza começam a ficar densas. A manhã de Vijaya começa, realiza-se uma pequena adoração e, então, o culto da Mãe acaba e Ela vai embora. É impossível descrever o sentimento de tristeza desse dia. Quando a imagem é levada para a imersão num rio das redondezas, a casa mergulha em grande tristeza, lágrimas fluem livremente de todos os olhos e mesmo a mais brilhante iluminação não consegue dispersar a escuridão que parece envolver a casa toda. Vagarosamente, o grupo retorna depois da imersão da imagem, toda a vizinhança se reúne e a “água da paz” é aspergida sobre todos. Todos esquecem suas desavenças de anos e se abraçam na paz do amor e do perdão. O cumprimento (abraço) dado na ocasião do Vijaya é um grande curador de sentimentos feridos, e quando todos os outros meios falharam, isso funciona maravilhosamente no restabelecimento do amor e da amizade. Estes cumprimentos (Vijaya) são transmitidos por toda a terra, mesmo para o amigo mais distante, de modo que ninguém fique fora dessa corrente de amor. E o coração esperançoso pacientemente aguarda o ano seguinte, que novamente trará o sol e o céu de outono e a grande emoção da vinda da Mãe.
A grande adoração, assim como prevalece atualmente, tem três aspectos distintos – o tântrico, o purânico ou mitológico e o social. Uma parte muito importante do culto é a cerimônia preliminar de Bodhana (o despertar). Externamente é uma cerimônia simples, realizada sob uma árvore de bilwa, na qual o adorador “desperta” a Deusa e roga a Ela que permaneça durante a noite naquela árvore. Na manhã seguinte, ele corta um galho onde se considera que esteja a Deusa, e o instala no altar de adoração. O significado desta cerimônia é profundo. A Deusa não é outra senão a Divindade “dormente” no interior do adorador. Ela é, de acordo com os tantras, a Kundalini, o Poder da Serpente, repousando enrolada no chakra Muladhara, na base da espinha. Ela tem de ser despertada, e esse despertar é a essência de toda a adoração. Porque, à medida que Ela — a Divina Kundalini — levanta-se e movimenta-se através da espinha em direção ao alto, ilumina o devoto passo a passo e alcança o centro do cérebro, o Sahasrara, onde vive Shiva, o devoto é completamente liberado e alcança a plena iluminação. Por isso, a Deusa deve ser despertada externamente pelo adorador, como símbolo do despertar interno. Assim, a árvore de bilwa, onde se pediu por orações, que ela permanecesse, não é senão um símbolo da espinha na qual fica o canal Sushumna – o caminho da Kundalini, onde se encontram os seis chakras ou centros psíquicos. Desse modo, o começo mesmo da adoração é profundamente significativo. Todo item da adoração tem esse duplo significado, uma referência interna e externa, e uma grande capacidade de absorver, através deste duplo apelo, a atenção do adorador. Mesmo que o significado metafísico escape à sua atenção, há o cerimonial concreto, com seus aspectos pitorescos e sua associação mitológica, para atrair a mente.
De acordo com a mitologia, Durga, que é filha de Menaka, é a consorte de Shiva. Ela fica durante o ano todo no sagrado monte Kailash, no Himalaia, com seu marido Shiva. Menaka implora ao seu esposo para convidar a filha a vir de Kailash para uma estadia de pelo menos três dias na casa dos pais. A atitude amorosa dos pais para com seus filhos é um dos caminhos para a realização de Deus. A mitologia de Durga tipifica adequadamente esta afetuosa atitude. A Agamani, ou a volta-ao-lar de Durga, é a representação emocional do Bodhana e é uma rapsódia da doce afeição materna. Nisto está concentrado um dos mais ternos aspectos da vida bengali. A Agamani apela à imaginação emocional do bengali mais do que qualquer outra coisa. O anseio da filha casada para visitar a casa dos pais e o indescritível amor da mãe para com a filha são características proeminentes da vida doméstica bengali. Estes sentimentos, sublimados através da mitologia de Durga, produziram poemas bengalis de maravilhosa beleza, e permearam a abstrusa sadhana (disciplina espiritual) dos tantras com o róseo encanto da emoção. A mãe Menaka sonhou com sua filha e pediu ao seu marido que a convidasse para vir à sua casa. O sadhaka (praticante espiritual) também tem, às vezes, um rápido vislumbre da Kundalini Shakti e se torna ansioso pela Sua visão plena e constante. Assim como a Bodhana é o principal acontecimento pelo lado ritualístico da adoração, a Agamani o é pelo lado social. Dificilmente será concebida uma expressão mais bela e sublime do afeto da mãe bengali. As canções Agamani — que, se coletadas, formariam uma extensa literatura – leva a felicidade aos corações dos ouvintes. Toda mãe sente com o passar do tempo como se sua própria filha estivesse voltando para casa após uma longa ausência. Quando a adoração acaba e a Vijaya vem, a dor sentida pela separação só é igualada pela agonia da partida da filha amada para a casa de seu marido. Embora Ela seja a Grande Deusa é, também, a amada filha do chefe de família, e o amor que dessa forma une céu e terra é maravilhosamente espiritual. O amor que uma mãe sente por sua filha, ainda que belo e forte, é, afinal de contas, efêmero. Mas para a mãe bengali, sua filha não é um ser terreno, ela é a personificação da Mãe Divina, e o amor por ela é realmente a adoração da própria Divindade, e todos os detalhes da vida do dia-a-dia transfiguram-se numa visão celestial. A Grande Mãe, que mantém o universo inteiro em Seu ventre, não é tão inacessível e transcendente como parece. Pois Ela não vem todos os anos à casa de Sua mãe como a querida filhinha para ser festejada e amada, e retorna em lágrimas depois desta breve estadia?
O festival, na sua forma moderna, não é muito antigo. A atual concepção das imagens de Durga e das deidades que a acompanham pode ser rastreada só até o século treze. Algumas partes ritualísticas da adoração não são encontradas antes do século oito. O mais antigo registro da celebração de Durga puja é atribuído a Mahamahopadhyaya Sulapani e floresceu não antes de 1350 da nossa era. Ele citou em seus livros as opiniões de Jikan e Dhananjaya, que viveram quase três séculos antes. Qualquer que seja a idade de Durga puja, não há dúvida de que um grande festival de outono tem sido celebrado no país desde tempos muito antigos. Talvez tenha existido primeiramente na forma de adoração do Yantra ou da simbólica representação da Deidade numa peça de metal ou jaspe. Este método ainda é seguido na celebração dos dias de Navaratri em quase todo o país.
Como já dissemos, a Navapatrika forma uma parte essencial do Durga puja. Talvez essa fosse a verdadeira forma de adoração nos tempos antigos. As imagens foram adicionadas mais tarde. Mahamahopadhyaya Pandit Haraprasad Sastri diz que este festival de outono originou-se com a adoração das nove plantas proeminentes da estação. Subseqüentemente, essas plantas foram deificadas e identificadas com a Divina Mãe e suas oito deusas companheiras mencionadas no Chandi. A adoração original foi a das plantas. Mais tarde foram concebidas as deidades que as presidiam, cuja existência dependia das plantas. Ainda mais tarde, a concepção de deidades independentes veio a existir e, no período dos Upanishads, com a evolução da filosofia Advaita, as diferentes deidades se fundiram em uma única Suprema Deidade – a grande Shakti. Ela é Durga, Uma Haimavati, a Mãe do Universo.
Essa Mãe é o repositório de toda força, poder, glória e grandeza. Ela é a Shakti, a Prakriti e o poder dinâmico de Purusha. É Ela que supre o Purusha, ou Brahman inativo, com o padrão da criação, preservação e destruição do universo.
Ela é a grande feiticeira e lançou o feitiço da fascinação sobre todas as criaturas. Esta fascinação é Maya. Ela segura em Sua mão a chave para a liberação. Ninguém pode adentrar a realização do Absoluto sem a Sua graça. Como a luz e o fogo, Ela e o Supremo Purusha são sempre inseparáveis. É somente para Ela que os sadhakas de todos os tempos e lugares oferecem suas preces e adoração. Ela é única e não há ninguém além d’Ela. O demônio Shumbha, percebendo que Ela estava em vantagem na batalha, disse: “Ó Tu, orgulhosa! Tu lutas se apoiando na força dos outros!” Rápido veio sua resposta – “Eu sou sozinha neste mundo. Quem há além de mim? Ó, ser perverso! Veja como Meus próprios atributos estão sendo absorvidos em Mim!” Com essas palavras, Ela absorveu Seus companheiros de batalha em Seu próprio ser e permaneceu completamente sozinha no campo.
Por três vezes Ela foi invocada nos tempos antigos, como está descrito no Chandi, para salvar os deuses e o mundo da opressão dos asuras (seres demoníacos). Por três vezes Ela os derrotou e preservou a religião. Ela está sempre pronta a conceder dádivas a Seus devotos. Em verdade, Ela é o Kalpataru, que satisfaz àqueles que Lhe pedem dádivas. Dois sadhakas, o rei Suratha e o mercador Samadhi, adoraram-Na com dois desejos diferentes. O humilhado e destronado rei queria ter de volta seu reino e uma vida feliz, neste nascimento e no próximo. Mas o mercador, desgostoso com os evanescentes objetos do mundo, orou pelo Supremo Conhecimento para alcançar a liberação. Ambos adoraram a Mãe Divina e seus respectivos desejos foram realizados.
Assim Ela prometeu aos Deuses, a quem Ela é sempre leal: “Sempre que tais situações difíceis e críticas, devidas à opressão dos demônios surgirem, Eu Me encarnarei e aniquilarei os inimigos”.
Extraído da Revista Prabuddha Bharata